Nesta edição de dezembro de 2024, a Conferência Americana de Órgãos Eleitorais Subnacionais para a Transparência Eleitoral (CAOESTE) reúne uma série de reflexões e análises que captam a diversidade e a complexidade dos atuais desafios democráticos em diferentes contextos globais. Cada artigo reflete o compromisso dos nossos autores com a investigação, a análise crítica e a procura de soluções inovadoras para problemas emergentes na esfera eleitoral e social.
O passeio começa com o trabalho de Marcelo Antônio Lopes, que em seu artigo “Eleições no Brasil e nos Estados Unidos: uma análise prática e comparativa (2022-2024)” examina os recentes processos eleitorais nesses países, destacando as semelhanças e diferenças em seus sistemas democráticos e destacando as lições que ambos podem aprender uns com os outros.
A seguir, Perla Marisol Gutiérrez Canizales apresenta uma análise dos processos eleitorais do México e dos Estados Unidos em 2024 no artigo “Análise comparativa e reflexões sobre a observação dos Processos Eleitorais do México e dos Estados Unidos 2024”. A sua experiência e abordagem permitem-nos explorar os contrastes e desafios que ambos os países enfrentam na construção de sistemas democráticos fiáveis e participativos.
Rebecca Calleja, no seu artigo “Eleições municipais em Victoria, Austrália: Irregularidades e manipulação de votos”, aborda as irregularidades e os desafios do voto por correspondência, explorando como estes eventos testaram a integridade do sistema eleitoral local. As suas reflexões convidam-nos a considerar a resiliência dos sistemas democráticos face à manipulação e à fraude.
A análise do Processo Eleitoral Local Extraordinário de Cuautepec de Hinojosa, de autoria de Jovany Hernández López, destaca como a resiliência institucional e cidadã pode superar episódios de violência e garantir a legitimidade dos processos democráticos em contextos desafiadores.
Num contexto diferente, Rocío Edith González García reflete sobre o triunfo histórico do primeiro Presidente do México. Em “México a caminho da igualdade de género e do triunfo da sua primeira mulher Presidente”, ela destaca os avanços na igualdade de género e a relevância da liderança feminina na construção de democracias mais inclusivas.
O artigo de Rafael Rodríguez Campos, em “Peru: o direito de voto de pessoas trans e não binárias nas eleições municipais regionais de 2026 (ERM 2026)“, analisa o conteúdo e o alcance do protocolo para garantir o direito de voto de pessoas trans e pessoas não binárias no dia das eleições aprovadas no Peru. Este protocolo estabelece diretrizes específicas que promovem o respeito pela identidade e expressão de género durante as Eleições Regionais e Municipais de 2026.
“A psicologia da persuasão em ambientes digitais: estratégias de influência em interações virtuais” é analisada por Manoel Veríssimo Ferreira Neto, que explora estratégias de influência em interações virtuais. Esta questão é especialmente relevante num mundo cada vez mais interligado e dependente de plataformas digitais.
Por sua vez, André Myssior e Bruna F. Moreira Franco no artigo “A pré-campanha: análise do art. 36-A da Lei 9.504-97. Proteção da igualdade x liberdade de debate político”, examinam o impacto das leis sobre a pré-campanha eleitoral no Brasil, com foco em como buscam equilibrar o debate político e garantir condições de igualdade entre os atores políticos.
Por fim, Cyntia Susana Coronel reflete sobre a “Violência política dirigida às mulheres”, um problema que transcende fronteiras e requer uma abordagem urgente e colaborativa para garantir a participação plena e livre de violência na vida pública.
Cada uma destas obras representa uma contribuição significativa para a discussão sobre os desafios e oportunidades da democracia no século XXI. Convidamos você a ler esta última edição do ano, a refletir sobre os temas abordados e, principalmente, a continuar trabalhando juntos para fortalecer a transparência eleitoral e os valores democráticos que nos unem.
Feliz ano novo para todos!