O advogado Luis Guillermo Palacios Sanabria, em seu artigo “Eleições Regionais e Municipais no Chile: Refor- mas, Participação e Integridade” oferece uma análise dos desafios logísticos e políticos que o país enfrentará nas eleições de outubro de 2024. Ele aborda o impacto da reintegração da obrigatoriedade do voto e descreve as complicações decorrentes do grande número de candidatos e do tamanho das cédulas, o que dificulta o processo de votação. Além disso, são destacadas as reformas implementadas pelo Serviço Eleitoral (SERVEL) e pela administração do Presidente Gabriel Boric para mitigar estes desafios, incluindo a decisão de realizar a votação em dois dias.

Por outro lado, Leandro Querido em seu artigo “Controle eleitoral partidário, da Venezuela para toda a América”, examina a importância do controle eleitoral partidário na América Latina, usando como exemplo o caso da Venezuela, onde a oposição implementou com sucesso eleições paralelas controle sob condições adversas. Através de uma análise de outras eleições controversas em El Salvador, Equador e Peru, o texto destaca a necessidade de os partidos políticos reforçarem os seus mecanismos de controlo à mesa, particularmente num contexto de recessão democrática e de perda de confiança nas autoridades eleitorais.

O artigo “Jogo jogado: liberdade eleitoral em Santa Catarina”, de Marcelo Peregrino, aborda uma crítica à evolução da lei eleitoral brasileira, que passou de organizar eleições a, em alguns casos, influenciar a seleção de candidatos por meio de decisões judiciais, gerando um debate sobre a limitação da liberdade eleitoral e o impacto na democracia. Em contrapartida, o colunista relata como no estado de Santa Catarina está sendo adotada uma abordagem mais flexível, que favorece a participação cidadã e reduz a intervenção judicial nos processos eleitorais, buscando um equilíbrio entre regulação e liberdade eleitoral.

Por fim, o artigo “Impacto das atividades dos influencia- dores digitais na opinião pública”, de Manoel Veríssimo, destaca como os influenciadores digitais desempenham um papel fundamental na mobilização e formação da opinião pública durante os processos eleitorais, uma vez que não só promovem o envolvimento cívico, mas também influenciar diretamente as decisões de votação, usando técnicas de persuasão para moldar as percepções políticas. Além disso, o estudo destaca a importância de estabelecer regulamentações fortes para prevenir a desinformação nas campanhas políticas e proteger a integridade do processo democrático.

DESCARGA